Atletas do Aramaçan- S.Andre- JAI - S Caetano do Sul - 1960 |
Já se vão mais de 50 anos, eu era um garoto que gostava de esporte, morador da Vila Assunpção em Santo André , estudante do Ginásio Santo André, saudades do professor Lazarine. A minha paixão por esporte me levou ao Aramaçan.
O cenário da minha saudade esta na lembrança de uma Vila Pires, uma pequena ladeira, uma portaria singela, as quadras de tamboréu ficavam a direita onde o Eugenio Rocco jogava. O lago ficava a esquerda onde podíamos remar e até chegar a uma pequena ilha.
Caminhando mais para o interior do clube, a direita ficavam as quadras de basquete freqüentadas por jovens, os irmãos Salvestrini, o Americano. A pista de Atletismo objeto de minha maior saudades tinha 300 metros, não era oficial, os vestiários eram de madeira, chuveiro com água gelada.
Como amante do esporte empreendi um esforço muito grande para ser aceito como militante do Atletismo.
Queria ser um dos pupilos do técnico de atletismo Romeu. Na prova de teste para ingresso como militante deveria correr 1000 metros para um tempo de 2m 40 segundos.
Busquei a melhor preparação para atingir o objetivo, após o período escolar as 22:30 horas ia a pé para a Vila Assumpção, me trocava e corria da Av. João Ramalho até a Companhia Brasileira de Cartuchos, que na época localizava se em Utinga, na divisa com São Caetano do Sul, fiz esta preparação diariamente durante um ano, contava para este treinamento empírico com o apoio de meu pai, Sr. Celestino que me acompanhava dirigindo um Morris Oxford verde garrafa. Foi aí que comecei a sonhar com a S. Silvestre. Chegou finalmente o dia do teste, Romeu com cronômetro na mão e eu tremendo. Dada a largada na pista de terra com 300 metros, estabeleci a marca de 2 minutos e 37 segundos, foi a primeira grande vitória, entrei para o time do Aramaçãn, mas a conquista tinha que ser reafirmada todos os meses através do rebimento de ticket, alvará para ter a entrada permitida nas dependências do clube.
Ademar Nagy, André Didone,João Jorge, Meneguetti, Getulio, Ciciá, Sábado, Ramires, Tarcisio, Elvira, Ivete, Astrid eram alguns astros da equipe, me senti feliz e certo que iniciaria uma carreira de corredor de fundo, mas os planos que o Romeu tinha para mim eram diferentes, me iniciou nas provas sobre barreiras, fui campeão estadual nos 110 e 400 metros sobre barreiras, integrava o revezamento 4 x 400 metros.
Lembro com carinho do Armando de Laura, do Serafim Rupolo, técnicos improvisados, do professor Paulo da Costa Resende, Clovis Nascimento, de cada um deles eu guardo uma lembrança especial.
O presidente na época era o Sr. Afonso Maria Zanei, que sempre me incentivou.
A nossas participações nos Jogos Abertos do Interior eram verdadeiras aventuras, desde a forma de transporte, íamos no caminhão do Delaura até a estação da Luz e de lá de trem para o interior, Marilia, Araçatuba, S. Jose Rio Preto.
O tempo passou, e o meu amor pelo esporte foi transformado em profissão, fiz Educação Física na FEFISA que se utilizava das instalações do Aramaçan para suas aulas práticas, quadras, pista, piscinas.
Quero de maneira publica externar meu agradecimento ao amado Aramaçan, que me propiciou desenvolver as minhas aptidões atléticas e consolidar a minha vocação como educador no campo esportivo, o que me trouxe reconhecimento nacional e internacional como técnico vitorioso, com inúmeras conquistas.
Carlos Ventura - Carlão
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