segunda-feira, 28 de março de 2011

Lá em Recife...

Jose João da Silva

Mais uma vez fui a Recife convidado pelo amigo José João da Silva, a assistir a 8° edição da Corrida das Pontes, comemorando 474 anos de fundação de uma das mais encantadoras capitais do Brasil, a Veneza brasileira.

Há muitos anos acompanho esta prova sempre tão bem organizada, entretanto o Zé e o Renato, superaram todas as minhas expectativas, caso fosse quesito para estabelecimento de qualidade eles estariam plenamente aprovados na linha ISO
A minha primeira surpresa foi o n° de inscritos cerca de 5000 atletas. Na retirada dos kits no sábado pude observar que a sociedade recifense estava totalmente  integrada e abraçada com a prova, famílias se inscrevendo, crianças, senhoras, idosos, pessoas com necessidades especiais, todas lotando o local de retirada do kits dentro do Carrefour de forma bastante disciplinada. No domingo de sol, e que sol, o Marco Zero foi uma verdadeira festa, o pessoal esperando a hora da largada com muita musica, show e frevo, e sobretudo uma confraternização sadia.
Presentes todos os patrocinadores, todo o staff da prefeitura, comandados pelo exmo sr. prefeito, até senador da Republica veio dar o seu apoio ao Zé João e ao Renato, o Presidente da Federação Pernambucana de atletismo, a sala VIP, lotada de autoridades esperando ansiosamente a hora da largada, pude observar a mídia local empenhada em obter detalhes, a cobertura do Diário de Pernambuco, Radio Jovem Pan, da TV Globo foi excelente e de altíssimo nível.
A JJS eventos dinamizou a corrida, não cobrando taxas das crianças que participariam da prova infantil, a presença de um grande número de participantes foi uma lição dos organizadores que estão ajudando na educação e formação das crianças de Pernambuco. Um grande contingente de crianças e depois  na premiação esperava ansiosamente receber suas medalhas e um par de tênis que os patrocinadores inteligentemente ofereceram. A prova infantil teve cerca de 500 crianças que os organizadores seguindo as normas fisiológicas e de segurança na atividade esportiva fizeram-na na distancia de 2.5 km, foi um espetáculo com os professores, pais, parentes vibrando com a prova infantil.
Na categoria adulta uma multidão postou-se disciplinadamente para a largada e a saída foi dada com muitos fogos musica e alegria dos milhares de inscritos, tudo sendo acompanhado na área VIP através de um telão, a Globo deu um show de transmissão.
Devo e faço questão de ressaltar que pessoas com necessidades  especiais tiveram sua inscrição gratuita também.
A vitória foi do atleta keniano Kipkimei Mutai  e na prova feminina a vencedora foi a keniana Ednah Mukhwana com bastante folga tal qual seu compatriota Mutai.
Tenho a firme certeza que se todos os organizadores de provas pedestres no Brasil seguirem o exemplo dado pelo José João e pelo Renato Elias o número participantes será maior em suas provas e também ajudará a educação, afinal o mercantilismo tem seus limites.
A corrida das Pontes serve de parâmetro para políticos, empresários, turistas, professores, atletas, a mídia, pois é desta forma que deveria se fazer o esporte no Brasil.
Mais uma vez parabéns ao Zé ao Renato e ao pessoal da JJS Eventos, que vem se tornando um espelho em provas de rua.
Parabéns a Pernambuco.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Força

A força muscular e a possibilidade do corpo se opor a um movimento contra si.
A força é indispensável em toda a prática esportiva, no interior do músculo nossas fibras reagem
quando são sujeitas a um peso.
O corpo vai se adaptando a esta atividade tornando os músculos mais preparados para responder a estímulos provenientes do sistema nervoso central(SNC) existem três tipos de força:

Força máxima- força rápida- força resistência, é obtida pela maior tensão na contração do músculo, ela não determina a velocidade de um movimento nem o tempo de sua manutenção.
A força máxima é usada em provas de lançamentos e arremessos com mais intensidade,  também em provas como saltos e velocidade.
A força rápida é a força necessária para a contração muscular rápida contra uma resistência, relação de velocidade de contração e velocidade de movimento denomina-se como potencia é mais usa da em provas de velocidade, saltos e lançamentos.

Força resistência é a capacidade dos músculos continuarem a produzir força apesar da fadiga criada pela contração muscular, ela é a combinação da força com o tempo do movimento (duração).
A melhor maneira de desenvolver força máxima é com poucos exercícios e grandes cargas.
A força rápida é obtida com exercícios rápidos e cargas médias.

Se obtém a força resistência com um grande número de repetições e pouca carga.
No caso dos meus treinamentos para corredores de fundo, embora indo contra a filosofia de muitas escolas de fundo e treinadores, sou a favor do uso do peso do próprio corpo usando aclives (subidas, terreno acidentado, montanhoso) para a obtenção de força para os membros inferiores.

Levo em conta também a situação social de muitos fundistas que sequer tem condições financeiras para transporte e alimentação quanto mais para freqüentarem uma academia.
Desta forma tivemos vitórias , recordes  sem o treinamento de força em academias. 

quarta-feira, 23 de março de 2011

Conteúdo do Treinamento

Todo treinamento deve ter um conteúdo especifico em relação ao atleta individualmente ou em relação a prova que ele prática.
O treino geral deve ser feito antes do treino especifico em uma programação prolongada, o treino geral prepara o atleta para suportar a carga do treino especifico.
O volume e a quantidade do treino geral determina a volume do treino especifico.
Quanto maior for a quantidade e do treino geral maior a facilidade em preparar e adequar o atleta para o treino especifico.
O corpo tem capacidade de se adaptar a quantidade e volume de treinamento preconizado desde que bem elaborado e equilibrado.
No aumento de cargas chega-se a super compensação e a melhora da forma física.
Não se observa melhora na forma física do atleta se as cargas  forem sempre iguais e muito separadas uma das outras.
O treinamento é considerado excessivo quando as cargas dadas são muito grandes e com pouca recuperação nos intervalos.
Atletas diferentes responderão ao treinamento de forma diversa, cabe ao técnico saber estabelecer as diferenças, observar, analisar e por em prática o tipo de prática  para cada atleta.
Os resultados de um atleta também dependem de seu potencial, hereditariedade, tempo de treinamento, idade, disciplina, condições psicológicas.

terça-feira, 22 de março de 2011

Sobrecarga no treinamento

Seguindo as orientações da I.A.A.F (International Amateur Athletic Federation)  passo um assunto técnico que julgo de muita importância para nós técnicos e para os nossos atletas.
Nosso corpo é composto de um numero enorme de células, milhões delas, cada uma  tem uma função.
Estas células se amoldam  e se adaptam por tudo que acontece no nosso organismo.
O  organismo vai se adaptando ao regime e a carga do treinamento.
O treinamento leva a um esforço despendido muito grande pelo atleta em cada seção.


Quando existe uma alteração no esforço, na carga mais forte, nas pausas mais curtas dada ao atleta, observa-se uma resposta do organismo. Normalmente esta resposta vem em forma de fadiga. O esforço  interrompido leva a uma nova adaptação e a necessária recuperação a nova carga apresentada.
Esta necessária recuperação re mete o atleta para a faixa da aptidão inicial mas em um nível mais elevado, denominamos este estagio como super compensação, esta super compensação provoca a fadiga, exige uma  recuperação e nova adaptação para que o corpo atinja patamares de aptidão mais elevados no nível superior.


A capacidade do corpo para se amoldar a novas cargas e aumento da energia que será dispendida, dá uma amostra de como funciona o treinamento.
Cargas excessivas, pausas inadequadas causarão problemas para o atleta comprometendo os objetivos programados dentro da periodização. Portanto para que não hajam sobrecargas  inadequadas o técnico deve fazer um "follow-up" quase que diário na vida do atleta com relação aos seu hábitos e costumes, orientando-o sempre que puder com relação a horas de sono, alimentação, lazer, e principalmente na forma de encarar com disciplina o treinamento programado deixando o técnico à par de tudo o que acontece.

Bons treinos a todos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Excessos anabólicos

A corrida de longa distancia pode provocar catabolismo muscular, quando feita de forma empírica, com quilometragens acima de 12 a 15 km em terrenos difíceis como montanhosos, acidentados, sinuosos, repetidas vezes sem a devida pausa de recuperação de um treino para outro.
O catabolismo muscular é o processo metabólico que ocasiona a quebra de substancias complexas para substancias mais simples.
Exemplificando: a quebra de proteínas do tecido muscular para a necessária obtenção de energia.
Basicamente o catabolismo destrói o anabolismo constrói, os principais fatores que induzem ao catabolismo muscular são treinos de forma excessiva, extenuante, alimentação inadequada, ingestão de bebidas alcoólicas e falta de repouso.
São os exemplos do catabolismo causando problemas para o corredor.
O processo anabólico fica evidenciado quando existe alimentação adequada e principalmente repouso constante.

O excessos na procura de uma situação anabólica levam o individuo a ingerir produtos inadequados  que podem conduzi-lo a situações de doping.

Muitos corredores sem informação alguma se dopam inadvertidamente, ao consumirem produtos lendo somente o rótulo e a embalagem, muitas vezes comprados em academias e pelo simples fato de terem orientações em inglês ou palavras com " fuel " " strong " etc levam o corredor a ingeri-los.

Todo corredor que quiser tomar um vitamina, um suplemento, deve fazê-lo orientado por um médico, preferencialmente da área do esportes.
Receita somente fornecida por médico, jamais por colegas, professores ou familiares.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Técnico X Médico

 






A responsabilidade em ser Técnico de Atletismo é muito grande, é uma atividade complexa, difícil e cheia de altos e baixos.
Aspectos dos mais inusitados cerceiam nossa função, a responsabilidade  profissional é similar a de um médico que analisa o paciente. Nós analisamos o atleta, o médico receita um medicamento, nós técnicos programamos treinamentos, entretanto existe uma diferença o médico não convive diariamente com o paciente, nós técnicos e treinadores, personais convivemos diariamente, "full time" com o atleta e ... até nos finais de semana, quando o médico esta com sua família nós estamos em competições.
O atleta sob nossa responsabilidade coloca sua saúde em nossas mãos da mesma forma que o paciente a coloca para o médico.
A responsabilidade do técnico é muito grande quando ele prescreve um exercício, seja de força, de velocidade e de resistência.
Porém algumas diferenças ainda podem ser observadas, o doutor médico às vezes extrapola de suas funções indicando treinamentos e entra inadvertidamente na área da Educação Física de uma forma inadequada, pois ele não é Prof. de Educação Física, esta atitude tem criado problemas no relacionamento Técnico-Médico e Médico-Técnico, na maioria das vezes o técnico não reclama por um complexo absurdo de inferioridade.
Seria muito importante que os médicos se posicionassem apenas na suas funções de médico.
Eu realmente jamais indicaria um antitérmico, um relaxante muscular ou qualquer medicamento, pois não sou  médico, mas também seria interessante que nossos capacitados doutores médicos não indicassem e programassem treinamentos sem antes consultar o treinador ou técnico, o professor de Educação Física.
Considero os médicos da área esportiva do Brasil os melhores do mundo, seria interessante a mesma consideração por parte desta classe tão importante e necessária par a o esporte e a população.
Esclareço que nestes muitos anos como Prof. de Educação Física na área técnica sempre recebi excelentes atendimentos médicos que atenderam de forma brilhante meus atletas, nunca interferindo nos treinamentos cito Osmar, Nabil, Cristiano,  Matsudo, Rubens,  Mauro,  Turibio,  Bosio, Russo (IT),  Pagliano (USA),  Dalzel,  Aurélio, talvez porque eu e minha equipe  soubemos escolher os mais capacitados e melhores parceiros na busca da melhor performance ,  sempre priorizando a saúde e o bem estar dos atletas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Resultado de rua e pista

Como treinador de corredores há muitos anos e observando os resultados de nossos fundistas, sinto-me na obrigação de emitir parecer sobre a performance atual de atletas corredores de fundo.
Existe um grande hiato entre dois tipos de preparação do fundista.


Contamos nos dedos os atletas que fazem resultados tanto em pista com na rua.
A impressão que tenho é que nossos treinadores fogem da pistas com seus fundistas e devido a isto as performances acabam sendo discutíveis.
Meus fundistas também corredores de rua treinavam em pista semanalmente, por exemplo José João da Silva, duas vezes campeão da São Silvestre emais cinco podiuns nesta magna prova de rua e recordista em pista durante 17 anos nos 5km e 10 km.

Diamantino Silveira dos Santos, com passagem por três Olimpíadas ( Seul, Atlanta, Barcelona ) nas Mamaratonas e com inúmeros resultados em provas de rua, inclusive vencendo o corredor olímpico italiano Paneta na Meia Maratona de Milão, nunca deixou de treinar em pista.
No caso inverso minha atleta Rosa Maria Aparecida de Souza, especialista em pista nos 800m e 1500m sempre correu rua inclusive sendo uma das primeiras brasileiras a correr a São Silvestre.
Nossos treinadores e corredores devem saber que o treino em pista melhora a condição do atleta na rua e o treino em rua melhora a condição do atleta na pista.
Na verdade uma atividade complementa a outra.

terça-feira, 15 de março de 2011

DARWIN

O  atleta que melhor suportar a carga planejada de treinamento e conseguir tolerar todas as dificuldades que certamente advirão estará adaptando seu organismo a um processo de aprimoramento.
Segundo Darwin a seleção natural é o processo pelo qual os mais adaptados tem a melhor condição no seu meio ambiente, na verdade são os que desenvolvem mais positivamente suas qualidades.
O treinamento esportivo é um constante e diário processo de seleção. Sómente permanecem como aptos os que reunem o melhor conjunto de ferramentas tais como caracteristicas físicas, psicológicas, motivacionais, materiais e condições de educação.
O atleta vive uma situação de exame vestibular diario, muitos deles se esforçam, se dedicam, como fazem os estudantes para passar no exame vestibular, entretanto poucos conseguem, ficando assim delineada a primeira seleção.
Todos aqueles que passaram por esta primeira seleção com o decorrer dos treinamentos poderão ir ficando pelo caminho, pois não conseguirão superar as dificuldades, na verdade o topo da pirâmide vai ficando mais estreito dia a dia.
Muitos atletas acreditam que já fizeram o máximo de sua potencialidade, mas isto não é o suficiente, por isto os campeões são excessões, são singulares, são diferentes.
Desta forma chegamos a uma conclusão, atletas não são quebrados pelos treinadores ou por um treinamento bem equacionado, neste ponto é obvio que a seleção é feita daqueles que reunem os melhores resultados, as melhores performances para se chegar a um resultado de otimização.
Acredito que muitos atletas tem a necessidade que seus treinadores os orientem informando qual é o provável limite de cada um e até onde poderão chegar.
Muitos treinadores tem receio de acabar ficando com um número reduzido de atletas, evitando desta forma fazer comentários aos seus comandados falando de suas reais condições, mantendo-os no seu grupo na sua equipe mal sabendo que estão criando frustrações no futuro.
No atletismo, o resultado sempre é avaliado por estatisticas de corridas, de saltos, de lançamentos, de arremesso.
Devemos como treinadores pensar que uma quantidade de bufalos move-se sempre com a velocidade, com o ritmo do bufalo mais lento, portanto..........


boas corridas

quarta-feira, 9 de março de 2011

Álcool

O  álcool é uma bebida, um produto consumido sempre pela humanidade de alguma forma para festejar algum evento, para comemorar alguma vitória, por fim não combina com a atividade física.
Em jogos de rugby, presenciei após os jogos os atletas ingerindo cerveja, na Formula 1 os vencedores comemoram com champagne.
Participei por algumas vezes da Gasparilla, prova de 15 km na cidade de Tampa e após a corrida era distribuída aos atletas cerveja Budwiser, para eles isto é comum. Após a Maratona de Praga na Republica Checa, a comemoração e o jantar era feito em uma fabrica de cerveja, este tipo de atividade é de povo e cultura e educação costumeiramente aceito.
Entretanto a bebida alcoólica provoca problemas psicológicos, problemas físicos e problemas sociais.
Na nossa sociedade  a bebida alcoólica é utilizada como um produto, uma droga socializadora e entendida como cortesia para com os amigos, com os vencedores, com os pares sociais e políticos.
A média, que todos chamam de mídia, divulga a bebida alcoólica pelo radio, pelo televisão, por outdoors, sem respeitar a fronteira que deveria haver com as famílias e nossos jovens, tentando difundir a idéia que aquela bebida propagandeada é boa para o exercício físico, que melhora o desempenho.
Alguns atletas consomem álcool antes de eventos pelos efeitos ansiolíticos, ou por provável fonte de energia, tentando amenizar uma provável tensão pré-prova.
O álcool faz demorar o tempo de recuperação do organismo após uma atividade física, desencadeia a sudorese e a conseqüente desidratação, a fadiga e prejudica o estabelecimento de resultados.
O COI não considera o álcool droga proibida, nem dopante, porem ela é considerada de uso restrito sujeito a análise.
Há muitos anos atletas antes de Maratonas ingeriam álcool, destilados de frutas ou vinho, pois achavam que estas bebidas melhoravam o desempenho na prova.
O álcool e a atividade física não se coadunam, pois alem de distúrbios motores, alterações emocionais, também podem induzir a distúrbios hepáticos, levando com o tempo o desenvolvimento da cirrose hepática.
O consumo de álcool leva a hipoglicemia e também a hiperglicemia, dependendo do estado de jejum do corredor.
Atividades como corridas, natação, ginástica, futebol, que exigem tempo de reação, coordenação motora são prejudicados pelo uso do álcool de alguma forma.
Conclui-se então que o álcool é negativo durante e após atividade do atleta, prejudicando o rendimento físico e emocional.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mulher

Dia 8 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher.
Nada mais justo que fazer algumas considerações sobre mulheres no Atletismo, pois acho que é uma forma de homenageá-las.
O atletismo brasileiro sempre foi pródigo no número de atletas mulheres de alta performance.
Odete Valentim Domingues esposa do saudoso Argemiro Roque um dos maiores quatrocentistas que tivemos. A Odete competiu sempre com muita garra nas provas de arremesso e lançamentos, esbanjava positivismo, ajudava e orientava até suas adversárias,  Angelina Boso - dentista lá de Lençóis Paulistas, uma arremessadora incrível, Rosa Maria Aparecida de Souza minha atleta de São Caetano do Sul espetacular nos 800 e 1500m chegou a seleção brasileira, a saudosa Elizabeth Clara Muller atleta inigualável nos primórdios do esporte base no Brasil, Vanda dos Santos olímpica em Londres, barreirista insuperável, Aida dos Santos também olímpica em Tókio, até hoje ajudando crianças a terem um boa expectativa na vida através do esporte,
Hortência de Fátima Marcari que com pouca idade competiu por São Caetano do Sul na prova de distancia e revezamento 4 x100 nos Jogos Regionais e depois tornou a maior jogadora de basket do mundo.
Inúmeros nomes também preenchem a constelação de brilhantes mulheres que elevaram e elevam o atletismo verde e amarelo como Conceição Geremias, Silvina das Graças Pereira, Esmeralda Freitas hoje uma talentosa dirigente esportiva, Maria Luiza Betioli, Soraya Vieira Telles, Marli dos Santos, Thea Reinhart, Claudia Aparecida Adolfo, Veronika Bruner,  Viviane Louise Nouvailhetas, Marli Alves Cardoso a primeira brasileira a correr os 400 metros sobre barreiras em agosto de 1979, Elizabeth Candido Nunes, Themis Zambrizcki, Beatriz Bonfim, Maria Aparecida de Jesus, Maria do Carmo Custódio, Sonia Maria de Oliveira grande corredora de Maratonas, Eliana Reinert veio de Santa Catarina para vencer nas ruas de  São Paulo,  Aparecida Adão legitima representante de Piracicaba, Ademilde Freire, Vera Alice Silva a Verinha, Eliana Bergara, Valdete Constantino da Silva primeira mulher a correr uma prova de 3000 em pista no Brasil  no Esporte Clube Pinheiros pelo GM Esporte Clube em 1974, Maria Betânia Lopes Leite, Marisa da Silva, Magnólia Figueiredo, Yolanda Van der Craaf,  Lilian Riedel, Angélica de Almeida, Magaly Helena Lopes, Zuleica Nabiah de Freitas, Carmen de Oliveira.
Hoje temos excelentes mulheres campeãs como Maurren Maggi, Marizete Moreira, Marizete Resende, Maria Zeferina Baldaia, Fabiana Murer, Marili dos Santos enfim elencar todas nossas atletas seria algo muito difícil, entretanto quero parabenizar todas elas. Tive a felicidade de treinar ou conviver com  grande parte dessas valorosas mulheres que foram e são verdadeira campeãs. 
Meus cumprimentos a todas  mulheres neste próximo 8 de Março de 2011.