Marcia Narloch |
Wanderlei Cordeiro |
Vamos falar de falar de alta performance.
Estamos passando por um período relativamente longo de “entre safra”, onde verificamos uma escassez de resultados técnicos expressivos.
Hoje para ser reconhecido em uma prova pedestre não necessariamente precisará fazer um bom resultado técnico, um bom tempo comparativamente dentro de um ranking, basta se inscrever e terminar o percurso e receberá um kit que inclui também uma medalha.
Quando o fundo brasileiro tinha Parreira, Bergara, Adauto, Elói, Jose João, Diamantino, Coquinho, Ferreirinha, Serginho, Da Mata, Ronaldinho, Carmen, Angélica, Eliana Reinert e muitos outros, havia em qualquer prova premiação com medalhas e troféus para os melhores classificados. Nas Seletivas da S. Silvestre os primeiros 300 colocados, normalmente entre uma média de 5.000 participantes, recebiam medalhas.
Esta forma de reconhecimento, meritocratica valorizava e motivava os corredores em busca de performances cada vez melhores. Para isso se dedicavam com maior afinco e disciplina.
Esta forma de trabalho repercutia consistentemente nos resultados de pistas e dos campeonatos oficiais Troféu Brasil, campeonatos Estaduais, etc com um número expressivo de participantes e com quebras constantes de recordes.
Hoje ao acompanharmos as competições oficiais de pista, vemos um número de participantes reduzido e com resultados compatíveis a 10,15 anos atrás, não houve evolução.
Ao mesmo tempo que isto ocorreu percebemos um aumento gigantesco nas participações de provas de rua por todo o Brasil, cresceu o numero de corridas e o grande contingente de corredores, que é o publico que sustenta financeiramente e o marketing da atividade.
Uma vertente esta bem estruturada, consegue-se atrair adeptos todos os dias, revistas, sites e profissionais estão fazendo um excelente trabalho para divulgar a pratica como atividade de saúde.
O que falta e é necessário para melhorar o aspecto do rendimento e renovação dos atletas de alta performance, e que isto possa refletir nos resultados de pista?
Como técnico de provas de fundo, faço um questionamento, quando teremos e onde estão os substitutos do Frank Caldeira, Marilson Gomes, Wanderlei Cordeiro, Márcia Narloch, Baldaia, Marili, Marisete ? Substitutos que façam resultados tão significativos quanto dos citados, não falo de número de provas de rua vencidas com resultados e tempos muito abaixo do esperado. Quem serão os nossos representantes na Maratona de 2016?
Carlos Ventura - Carlão
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe a sua opinião e participe desta jornada pela saúde.