domingo, 3 de abril de 2011

Prêmio ou a Performance

Uma grande celeuma criada por técnicos de atletismo e atletas esta na participação de atletas estrangeiros, especialmente africanos em provas de rua.
Este assunto continua prolongado, já comentei o fato por varias vezes, inclusive fazendo um manifesto com o titulo " Na contra mão da inteligência", sobre o assunto.
Sou técnico de atletismo de longa data e não posso me furtar de voltar ao assunto.
Logicamente que o objetivo principal do atleta  de seu técnico do seu clube é vencer uma prova  como São Silvestre, Maratona de São Paulo ou as provas importantes que temos o cenário nacional.
Durante muitos anos competi com meus atletas em todos os lugares do mundo em provas como, Chicago, New York, Praga, Milão, São Paulo, Tampa, Bolder, Munique, Roma, competindo contra atletas das mais variadas partes do mundo, vencíamos perdíamos e nunca em nenhum pais nos foi negada a participação e jamais fomos criticados por sermos brasileiros embora muitas vezes favoritos.
Fomos figura de realce na Meia de Milão, a Stramilano, inclusive ganhando do campeão italiano Paneta, fizemos Maratona de Roma e perdemos para o Bordim mas fomos para o "podium".
Em uma das Meias de Milão competimos com cerca de 15 adversários etíopes, e australianos,  Balcha, Kedir, De Castela e nossa participação sempre foi respeitada.
Minha teoria é que você objetivando o resultado técnico deverá lutar com  adversários que possuem melhores condições que você, existe a possibilidade de  vencê-los ou então perdendo você poderá melhorar a sua performance.
Observo que alguns treinadores e também muitos atletas, revoltam-se pois acham que estão perdendo para africanos melhores que eles e perdem dinheiro, façam um investimento a longo prazo e tentem melhorar tecnicamente.
 Há muitos anos, o São Paulo F.C. meu ex clube, nos enviava para provas no exterior para lutarmos contra atletas campeões e possivelmente melhores que nossos atletas.
Desta forma nos preparávamos para vencer a São Silvestre, Maratonas do Rio e de São Paulo, Gonzaguinha e dezenas de outras provas e superar recordes.
Nossos atletas e treinadores devem encarar o desafio de enfrentar um estrangeiro como um vestibular e tentem vencê-los, eu consegui.
Não tenho e nunca tive a preocupação de saber se o Coquinho ou o Luiz estão se dando bem ou não, como managers,  devemos ter como principio a ética e respeitar o trabalho de um colega de profissão.
É a grande oportunidade que técnicos e atletas tem para mostrar as suas capacidades.
 Querer correr contra atletas de categoria inferior é assumir o grau de falta de competência técnica e atlética,  tanto do atleta como do técnico.
Cito como exemplos os brasileiros, Eloy, Zé João, Marilson, Franck, Baldaia, Marizete, João da Bota, Clodoaldo, Adauto, Diamantino, Marily, Ronaldo , que nunca tiveram receio de africanos e venceram muitos deles em provas importantes no Brasil e no exterior.
   

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