quarta-feira, 11 de maio de 2011

TÉCNICOS DE ATLETISMO

Existe uma quantidade enorme de técnicos de atletismo que se dedicam a provas de fundo pelo mundo, na Italia, na Espanha, em Portugal, no Brasil, em paises da America Central e do Norte, enfim a maioria dos paises tem seu seleto grupo de técnicos de atletismo que passam a vida dando treinos, palestras, garimpando resultados.
Como técnico de atletismo há alguns anos sempre tive admiração pelo trabalho executado por alguns técnicos que tive o prazer de conhecer e  alem de compartilhar conhecimentos, me deram informações importantissimas sobre o treinamento de fundo.
Alguns deles ficaram marcados na minha memoria pelo desempenho, dedicação e resultados apresentados.
Prof. Moniz Pereira, técnico português, Dr Rosa técnico italiano, Lenzi técnico italiano, Cerutty da Australia, técnicos que fizeram campeões como Tergat, Tanui, Mamede, Panetta, Mota, Eliot, Clark, e uma dezena de campeões.
Cada um deles com uma filosofia de trabalho diferente mas com o mesmo objetivo, vencer, ganhar, se superar.Todos com suas peculiaridades com sua forma de treinar, gostaria de me fixar em dois destes excepcionais profissionais que citei.
Prof. Moniz Pereira, diferente na forma de orientar seus pupílos, sempre com disciplina e longas distancias, até no asfalto com 30 km semanais
Percy Cerutty, um australiano que na década de 50 conseguiu recordes com Herbert Eliot no 1500m e cuja forma de estabelecer treinos era incrivel, dunas de areia de Port Sea, qulometragens em estradas, no asfalto na terra, e exigia espirito de luta dos seu comandados, havia sempre a superação psicológica dos atletas.
O objetivo maior de Percy era incutir o espirito de luta no corredor. Ao final de 6 meses os seus atletas deveriam ter feito 3000 km de rodagem, com tres treinos diários.
Seu trabalho objetivava alem de tudo um aumento das cavidades do coração, hipertrofia e imunização ao ácido latico pelo aumento de reservas alcalinas, Peter Snell um dos seu campêoes chegou a registrar 38 batimentos cardiacos por minuto.
Seus treinamentos começavam a apresentar resultados após 7 ou 8 semannas de treinamento, chegando a uma melhoria no débito sistólico e no volume cardiaco.
Percy Cerutty incutia no atleta o treinamento de longa duração, cargas continuas, alguns comentários da decada de 50 diziam que ele fazia uma lavagem cerebral no corredor, para que eles vencessem a barreira da inibição ao esforço ou seja uma superação psicológica.
Por analisar estes tipos de trabalho chego a conclusão que nós precisamos fazer nossos atletas a  se esforçarem cada vez mais, temos quantidade de corredores, temos qualidade de corredores, temos técnicos capacitados, temos pistas, estradas, dunas, só não temos dirigentes eficientes.

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