quarta-feira, 28 de setembro de 2011

GRANDES IDOLOS NO CARVÃO

As competições de atletismo em São Paulo nas décadas de 40 50 e 60 eram competições que lotavam os clubes como CRTietê. Esporte Clube Pinheiros, Associação Desportiva Floresta hoje Espéria, não tinhamos na época nenhuma pista de material sintético, nem se pensava nesta idéia.
Os clubes nos finais de semana ficavam lotados, com grande publico assistindo competições de atletismo, tinhamos no estado de São Paulo, duas divisões, uma divisão que congregava os clubes da capital e outra  com os clubes do interior.
Cidades como Campinas, Santo André, Jundiai, Ribeirão Preto, Santos tinham excelentes equipes com atletas de altissimo nível, acontecia o mesmo na cidade de São Paulo o nível era tambem muito alto com Pinheiros,Tietê, Floresta, Ás de Espadas.
O atletismo era uma febre, barreiristas como Pedro Henrique Camargo de Toledo (Pedrão depois técnico do atleta João Carlos de Oliveira) Clovis Nascimento ( depois técnico de Nelson Prudêncio )  Carlos Mossa um recordistas nos 110 s/b( pai da jogadora de volley Vera Mossa) atletas como Jurandir Yene nos quatrocentos, Atilio Denardi Alegre no meio fundo, Cleomenes Cunha decatleta e professor de Educação Física na Marinha, Odete Valentim Domingues nossa melhor arremessadora e lançadora, esposa do saudoso quatrocentista Argemiro Roque, a inesquecivel Elizabeth Clara Muller, Maria José de Lima, Vera Trezoitko, Wanda dos Santos barreirista olimpica em Londres, os lançadores e arremessadores Sergio AntonioThomé , José Carlos Jacques, Roberto Chap Chap, o fundista Antonio Nogueira Azevedo, Anubes Ferraz nos 400, outro fundista José dos Santos Primo, Peter Ostermayer que foi olímpico pela Belgica, escreveria inúmeras paginas lembrando nomes de atletas que fizeram de São Paulo, o centro mais adiantado do atletismo brasileiro.
Hoje temos pistas de material sintético, estágios internacionais, patrocinios, viagens aéreas, na época viajavamos pelo Brasil de onibus ou de trem na Santos-Jundiai (de madeira) saindo da Estação da Luz, às vezes nos Jogos Abertos do Interior era mesmo de caminhão aberto, as nossas sapatilhas eram feitas pelo Genzo Hara alí perto do Mercado Municipal, não temos mais publico, temos apenas dois ou tres nomes de atletas como referência, o que está acontecendo?  Aonde estão os valores ?, nem educação esportiva temos, é uma pena, pois para pensar em Jogos Olímpicos que estão por advir, deveriamos como em um passe de mágica, materializar os valores de  quatro décadas ou mais , que faziam um atletismo serio, dentro da filosófia Olimpica, como Major Padilha, finalista olímpico nas barreiras, correndo no carvão.
boas corridas
Carlão

2 comentários:

  1. Os tempos mudaram um pouco. Se, nas pistas, faltam participantes e também público, as Maratonas estão a todo o vapor. Hoje as inscrições são pagas. Os pelotões populares pagam os prêmios dos melhores classificados. Em geral apenas a participação já rende uma medalha. Hoje, qualquer corrida em pequenas cidades do interior paulista, chega a reunir mais de três mil corredores. Enfi, o panorama mudou um pouco.

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  2. Olá Carlos Ventura, tudo bem?
    Não sei se verá esse post, mas gostaria de saber se você tem matéria desses ídolos do carvão, como o fundista Antonio Nogueira Azevedo. Pergunto, pois sou genro do mesmo e como já se vão várias décadas, muita coisa se perdeu a respeito dele. Caso tenha poderia me comunicar?

    e-mail efp58@hotmail.com

    Grato,
    Eliel

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