CORRIDA DE RUA NÃO É CIRCO

Com o máximo respeito ao circo que admiro demais, pois são profissionais maravilhosos que povoam nossas mentes de mágica e alegria, quero com bastante veemência dizer que corrida de rua não é um circo.
Hoje em todas as corridas de rua, que são eventos competitivos onde as pessoas se inscrevem e pagam as inscrições, para ter qualidade de saude, ter o lado emocional equilibrado, corredores que participam para adquirir performance, melhorar suas marcas, conseguir bons patrocinios, ter um treino mais adequado se ombreando com atletas de nível mais alto, vemos alguns imbecís, travestidos de noiva, super homen, cangaceiro, e outras coisas que não combinam com o momento.
Todos querem aparecer, levando uma placa de sua cidade, pedindo para serem televisados, um aburdo, Certa feita em uma São Silvestre um destes imbecís, se apresentou com um burro, para correr a prova, lado a lado, felizmente sòmente caberia um burro, ele.
Existe uma forma de aparecer na televisão, nos jornais, até ganhar muito dinheiro, a solução é treinar e fazer uma boa performance, se apresentar como atleta não como palhaço, peço desculpas aos verdadeiros palhaços que merecem todo nosso respeito no picadeiro.
Provas pedestres tão bem organizadas em todo o Brasil, não são lugares  para apresentações ridiculas que alguns profissionais da mídia para terem Ibope, entrevistam e valorizam, deixando inclusive os atletas de lado.
Há alguns anos no Parque Villa Lobos, durante uma competição do Grupo Pão de Açucar, notamos dezenas destes ridiculos fantasiados querendo aparecer depois da prova, estava conversando com meu amigo jornalista e ex atleta Carlos Cavalcante, quando observamos um individuo sentando no meio fio perto de uma arquibancada, para minha surpresa era um dos maiores corredores que o mundo já teve, Carlos Lopes, campeão de São Silvestre, mundiais de Cross, Jogos Olimpicos, ele estava totalmente anonimo, perguntei o que ele fazia alí, Carlos me informou que estava chefiando a delegação de Portugal na prova do Pão de Açucar, que pena um idolo esquecido, entretanto, muitos palhaços, fantasiados estavam aparecendo na TV, ai vai então uma pergunta, onde esta nossa cultura esportiva?, deviamos ter a midia para mostrar o que realmente é o esporte, porem para agregar publico a imprensa às vezes esquece os idolos esportivos.
Talvez poucos jornalistas como meu amigo Carlos Cavalcante ex campeão de salto com vara, pudessem avaliar quem era aquele atleta sentando no meio fio , entretanto alguns ridiculos fantasiados eram bastante visados, afinal o povo sem cultura quer pão e circo.
Seja atleta, corra o seu melhor e aí então apareça.
Carlão