sábado, 20 de agosto de 2011

FATOS QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA

Na década de 1970, eu já era técnico de atletismo do Centro Olimpico da Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo na Campanha Adote um Atleta feliz inicativa do Dr. Caio Pompeo de Toledo. Em uma manhã de segunda feira fui chamado  pelo Prof Waldir Pagan Peres, campeonissimo técnico de basket, e diretor da Secretaría de Esportes.
Recebi dele uma imcumbência: voce vai ao Parque do Ibirapuera ( distante aproximadamente 600 m) e procure um local para fazer uma pista para quem gosta de correr e caminhar, de imediato  me deu uma trena de 25 metros e um tesoura de jardinagem. Desci para o Parque do Ibirapuera para atender a determinação do Prof. Waldir,  convidei meu colega Mauro Lopes de Almeida psicológo tambem do Centro Olimpico que assessorava  meus atletas para me ajudar nesta  insólita tarefa. Um pouco confusos e interrogativos, não sabiamos por onde começar, decidimos que fariamos a pista ao lado do portão de entrada, a direita da atual Praça dos Porquinhos, iniciariamos alí a nossa atividade. Aquele local era um imenso matagal e para nossa surpresa naquele matagal haviam túmulos, sim muitos túmulos de cachorros e gatos, era um cemitério muito antigo.
Começamos pacientemente a cortar o mato e fazer uma trilha para a pista. Entusiasmado por resultados de atletas australianos e ingleses que na época pulverizavam recordes da milha, decidi a fazer uma pista com muitas curvas entre arvores com a distancia de 1609 metros, com a largura de dois metros sendo colocadas toras delineando a pista e a cada 200 metros orientações para exercicios físicos localizados. Nas semanas seguintes no marco inicial da pista foi colocada uma placa orientativa, esta placa foi idealizada pelo Dr. Osmar de Oliveira tambem médico do Centro Olímpico, com orientações médicas e um gráfico  sobre batimentos cardiácos. Ainda por sugestão do Dr. Osmar, a Secretaria de Esportes, colocava ali diariamente uma equipe de enfermeiros e médicos de plantão para emergências, um primor de atendimento esportivo.
Muitas anos já se foram, a pista transformou-se em um marco de sáude para a população de São Paulo, um dos locais mais frequentados do Parque Ibirapuera, não existe mais matagal, cemitério de cachorros. Para o amigo  Mauro Lopes, para Prof. Waldir Pagan, para o Dr. Osmar e para mim, ficam apenas as lembranças de um trabalho feito com carinho, amor, dedicação sabedores que devido a pouca cultura esportiva do nosso povo temos a  certeza de que fatos como este a história não conta.
Visite a pista, caminhe, trote, corra, use-a, vale a pena o lugar é agradável,
Carlão.




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