sábado, 27 de novembro de 2010

Adolescentes e o treinamento

O desenvolvimento de habilidades para jovens deve ser feito de forma gradativa respeitando as particularidades do crescimento.
Este crescimento é ósseo - muscular - neurológico - psicológico/ emocional-social.

Na faixa etária de 11 e 12 anos devemos através de atividades lúdicas oferecer fundamentos básicos do Atletismo com jogos e trabalho em equipe

Na faixa etária dos 13 a 14 anos, procurar incrementar técnicas educativas de acordo com o potencial que cada individuo apresenta. No caso do atletismo especificamente devemos oferecer uma atividade em que haja a possibilidade de uma hipertrofia cardíaca através do que os treinadores americanos denominam como L.S.D. (long – slowly – distance), ou seja, correr longas distâncias lentamente, o que proporcionará uma atividade benéfica muscular para o coração que é um músculo involuntário e que tendo seus batimentos controlados fará com que seu praticante tenha uma vida esportiva sem problemas de lesões, contusões ou problemas cardiovasculares.

Nos treinamentos de pista, de acordo com a base adquirida pelo atleta o treinador pode sugerir treinos dos mais variados desde um corredor de velocidade até um corredor de longas distâncias, no caso específico de corridas em pista existem treinamentos de repetição como corridas que denominamos “tiros” que podem ser de 40 / 50 metros, repetições de 200 / 400 / 600 / 1.000 metros e assim por diante.

O leque de treinamento varia de atleta para atleta, de técnico para técnico, de acordo com a periodização do planejamento do treinador.

Quando atletas começam a basear-se em planilhas de treinamentos genéricas fogem completamente do horizonte de cada treinador, por isso o treinamento tem que ter um follow-up intenso e presencial de cada treinador, principalmente nas faixas etárias anteriormente citadas.
A planilha é uma ferramenta de capital importância para o trabalho do treinador, mas desde que usada com adequação e não eliminando o contato pessoal e o inter-relacionamento com o atleta, o contato presencial é importante para apurar a performance e redirecionamento do planejamento e da periodização.

É muito comum pessoas leigas, como pais e interessados seguir planilhas, o que eu particularmente não aprovo.

A cada momento o atleta pode apresentar variações não previstas pelas planilhas genéricas (dor de cabeça, noites mal dormidas, estresse profissional ou escolar, problemas emocionais, alimentação inadequada, problemas musculares, etc).

Muitas vezes as pessoas apegam-se a uma planilha por estar publicada em uma revista e foi montada por um profissional competente, porém os corredores não se preocupam ou não tem o conhecimento para adequar à planilha genérica a suas condições no momento, cometendo exageros e desrespeitando os próprios limites.

Cada individuo é um universo e como tal deve ser trabalhado de acordo com as suas potencialidades.

Carlos Ventura - Carlão

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