quinta-feira, 28 de abril de 2011

Estamos envelhecendo

É inexoravel, todos nós envelhecemos, não tem jeito, na medida que isto acontece vamos perdendo nossa capacidade vital, aliás nossa capacidade vital começa a dimiuir já na casa dos 28 a 30 anos de idade. São os sintomas iniciais que a maratona da vida esta no seu terço final, tanto para nós homens como para as mulheres.
A medida que vamos ficando  idosos parecemos um carro usado que quando é levado para a oficina o mecanico sempre acha muitos defeitos, quando vamos ao médico acontece a mesma coisa, não tem solução, o doutor de esfignomanometro sobre o idefectivel avental branco e pose de intelectual substitui o mecanico e acaba achando defeitos na nossa maquina.
Uma das principais caracteristicas do envelhecimento é a perda gradual das nossas funções cognitivas, e isto começa a interferir na  qualidade e vida do idoso, é quase que inevitavel já por volta dos 45 anos.
O individuo passa a não se cuidar, esquece quase tudo, sua higiene fica comprometida, não tendo estimulos passa a se vestir mal, o homem com a barba por fazer, os dentes mal cuidados, mau halito a mulher com os cabelos desgrenhados, as unhas para pintar, o vestido que usa durante dias seguidos  perdendo sua auto estima, mais preocupada em limpar a casa do que cuidar de sí.
Nas linhas anteriores escrevi : é quase inevitavel... porque quase inevitavel, porque nem tudo esta perdido, uma das soluções para retardarmos o envelhecimento é a atividade física diaría em regime suave, bem aeróbio. No que tange a memoria, o esquecimento das coisas, das lembranças, a solução é bem preliminar, pois o individuo que possue melhor escolaridade, um melhor nível intelectual, aquele que lê, mantem-se ativo na percepção das coisas e do mundo que o cerca retarda a falta de memoria, mantendo sua auto estima.
Outro fator primordial para acelerar o envelhecimento é a falta de ocupação, em artigo anterior comentei quer muitos idosos ficam jogando milho para os pombos e estes agradecem, as praças estão lotadas e aposentados jogando milho para pombos.
Portanto para retardar o envelhecimento, retardar a falta de memoria, devemos melhorar a nossa auto estima, valorizarmos nosso corpo, estudando, lendo, criando, fazendo atividade física, ativando a maquina, elevando o nivel intelectual, ocupando o tempo adequadamente
Portanto para não ser tratado como um ferro velho, procure atividade, ande de cabeça erguida não resmungue sorria, sorria sempre, enfrente desafios, seja jovem mentalmente.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Maratona de Munique

Há alguns anos levei alguns atletas  do São Paulo F.C. para participar da Maratona de Munique. Dezenas de corredores de todo o mundo estavam inscritos e meus tres atletas devido aos indices obtidos em maratonas anteriores. Posicionaram-se no pelotão de elite deste importante evento que se realiza anualmente nesta importante cidade da Alemanha.
Tive uma experiência como técnico que acredito ter sido muito importante e digna de análise.
A largada da prova aconteceu  ao lado do maravilhoso  estadio olimpico de Munique, diga-se de passagem a cidade tambem muito limpa organizada, cuidada e um povo com alto indice de civilidade.
Fazia um frio intenso, com os termometros chegando aos graus negativos, nesta circunstancia procurei orientar meus atletas sobre a importancia de um aquecimento adequado.
Embora sempre tivessemos treinado e competido na Suissa e na Italia em lugares muito frios, naquele dia me surpreendi com a temperatura.
A maratona de Munique recebeu um grande número de atletas do mundo inteiro e com bons indices.
Os organizadores muito gentis e organizados como sempre me ofereceram um carro com motorista para acompanhar a corrida e me alertaram que no percurso da prova passariamos pelo Jardim Inglês, um parque bastante arborizado em que as arvores formavam uma especie de  tunel verde e alí o frio seria mais intenso foi comprovado.
Antes da prova, durante o aquecimento, observei que o atleta a Africa do Sul cujo nome jamais vou esquecer  T´gela, estava sentado sobre uma pequena mureta  de calção e camiseta apenas, conversando com seu técnico, ele não aqueceu. Dada a largada o pelotão de elite muito forte imprimiu um ritmo alucinante, meus atletas bem aquecidos passaram a liderar o grupo de campeões, eram quase 150 atletas e os inscritos na Maratona cerca de 5000.
Fomos em direção ao centro de Munique passamos pela Marian Platz, Hofbrauhaus, a Catedral e para minha agradavel surpresa meus atletas passaram a liderar a Maratona.
Na altura dos 20 kms fui surpreendido pelo atleta da Africa do Sul o já citado T´Gela, que passou a liderar a Maratona ombro a ombro com o meu corredor Diamantino Silveira dos Santos e ao chegarmos ao Jardim Inglês o frio ficou como já era previsto muito mais intenso.
A cruzarmos por uma praça rotatória o africano cruzou a praça em linha reta sobre o gramado e o meu atleta fez o percurso demarcado dando a volta nesta praça.
Esta irregularidade nos custou o título da Maratona e adentramos no estadio Olimpico em segundo lugar cerca de 20 segundos atrás do atleta da Africa do Sul.
Com todas as nuances criadas e dúvidas sobre o certo e o errado do percurso, o T´Gela ganhou, ganhou sem aquecer com todo aquele frio.
Após a prova durante a premiação perguntei ao técnico do africano sobre o  não aquecimento do seu atletas antes da prova e ele me respondeu: sim ele fez aquecimento, aqueceu-se mentalmente.
Foi uma experiencia uma lição colocada  na estante da minha memória mostrando que a vida é um aprendizado constante.
Costumo lembrar de uma frase muito usada pelos franceses: VIVA A DIFERENÇA

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Circa Dies

 Nossos ritmos diários são conhecidos como ritmos circadianos, que vem do latim circa dies, que significa um período de 24 horas.
Os ritmos circadianos mostram as alterações do sistema fisiológico como pressão arterial, temperatura, alterações hormonais, estas alterações são oriundas de estímulos como o estresse, drogas, meio ambiente, alimentação, ansiedade, treinamento, situações de ambiente, frio, calor.
Muito se fala de biorritmo, entretanto o biorritmo nada tem a ver com ritmos biológicos, biorritmo não tem comprovação cientifica.
Os ritmos circadianos são documentados também pela temperatura corporal, freqüência cardíaca, sono, vigília.
As variáveis metabólicas como, por exemplo, o VO2 máximo em repouso, também possui um ritmo circadianos.
O "follow up" dos horários de treinamento devem também ser analisados, para atletas existem dois tipos de ritmos circadianos, o primeiro relacionado alterações fisiológicas dependendo do horário de atividade (treino/competição).
O segundo é relacionado a sensibilidade orgânica do individuo a ingestão de álcool, drogas, medicamentos que pode agir imediatamente na performance.
Alguns fatores podem influenciar a atividade circadiana nos resultados do atleta, como trabalho, sexo, idade, viagens transoceânicas, horários de refeições, luz, temperatura ambiente, motivações, fatores psicológicos.
Conhecendo alguns aspectos do atleta podemos programar e forma mais adequada os treinamentos, como no tempo de reação, limiar da  força, humor, freqüência cardíaca, temperatura, consumo de 02 em repouso, V02 máximo.
Estes dados foram compilados do livro, Atividade Física, Exercício Físico e Aspecto Psicobiológicos dos Drs. Marco Antonio de Melo e Sergio Tufik.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Moleque de rua

Participando de uma competição de atletismo como técnico e dirigente ouvi  de um professor de educação física  a seguinte frase:
“Estes garotos estão competindo descalços, parecem moleques de rua", isto me deixou pensativo e ao mesmo tempo muito triste.
De fato a garotada meninos e meninas estavam competindo em uma pista moderníssima, de material sintético e a grande maioria deles descalços.
Aparentemente poderiam até estar parecendo "moleques de rua", entretanto este fato mostra uma realidade social. Primeiramente que o nosso esporte carece de apoio do governo e da sociedade, que o nosso esporte é feito e dirigido por professores abnegados que deixam faltar coisas em casa e para sua família para cuidar dos "moleques de rua ".
Estamos nos avizinhando dos Jogos Olímpicos que acontecerão no Brasil.
Nossos "moleques de rua" continuarão competindo descalços.
A nossa sociedade é inculta e pobre intelectualmente, tão inculta e pobre que nem imagina que provavelmente uns destes "moleques de rua" poderá representar as cores verdes e amarelas deste pais pleno de diferenças sociais absurdas.
Nossos representantes políticos deveriam dar mais valor a educação e ao esporte, mas no entanto ficam divagando e fazendo um marketing barato e vazio (o barato aqui não se refere a cifras) dos Jogos Olímpicos que esta batendo a nossa porta.
Nossas crianças, atletas de amanhã não tem condições de adquirir um tênis, será que estas crianças tem condições de tomar uma café pela manhã, almoçar adequadamente, jantar, ir ao oculista ao dentista ao médico.
Dai então temos crianças chamadas pela aparência de " moleques de rua ".
Não esqueçamos que grandes ídolos do nosso esporte, começaram com a aparência de "moleques de rua'
Na nossa sociedade materialista e antropofágica só terão sucesso em massa aquelas crianças que não apresentam característica de " moleques de rua ", pelas sua condições sociais
Acordem senhores políticos incompetentes e demagogos, estamos as vésperas do maior evento esportivo da Terra e só temos heróis "moleques de rua", que lutam contra todas as adversidade que a vida lhes impõe  e contra todas as barreiras e dificuldades geradas por uma gestão equivocada do esporte e educação no nosso país.




  

domingo, 17 de abril de 2011

Treinamento continuo

São inúmeros os benefícios cardiovasculares quando o atleta faz um treinamento continuo. O treinamento continuo deve ser feito com intensidades moderadas e baixas, isto ocorre no período de base da programação do atleta.
O que acontece nesta importante fase do treinamento:



  • Freqüência cardíaca bastante baixa no estado de repouso, acontecendo um menor gasto energético.
  • Redução mais rápida da freqüência cardíaca após os exercícios.
  • Maior volume cistólico tanto no repouso como no esforço, que corresponde a um maior volume de sangue injetado do coração para os vasos no momento da contração cardíaca.
  • Aumento da massa muscular do coração.
  • Elevação da quantidade de sangue distribuída pelo coração por minuto, fator que oferece mais sangue e oxigênio para os tecidos.
  • Aumento do consumo máximo de oxigênio com melhor aproveitamento deste oxigênio inspirado.
  • Melhor utilização de gordura as como fonte de energia, poupando as reservas de glicogênio.
  • Entre outros fatores positivos a maior capilarização muscular.

 Alem do trabalho aeróbio continuo o técnico deve enfatizar a flexibilidade e também a resistência anaeróbia.


Trabalhos de força e exercícios pliométricos são de grande valia, pois promovem uma redução no custo energético da atividade.
É importante ressaltar que este tipo de treinamento deve ser feito no período adequado da periodização.
Deve haver uma explicação do técnico para o atleta e a concordância deste, ou seja o treinamento continuo deve ser feito com um planejamento em conjunto atleta-técnico.  

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estado emocional

Toda atividade aeróbia sistemática como a caminhada, a corrida longa e lenta, exercícios musculares leves melhoram significativamente nosso estado emocional.
Segundo a Sociedade Internacional de Psicologia do Esporte a prática regular de atividade física e o bem estar psicológico estão interligados.
Estados emocionais negativos, a depressão, níveis altos de ansiedade e o estresse tendem a diminuir quando fazemos exercícios diários, eles devem ser essencialmente aeróbios.
Indivíduos com sintomas de depressão tem uma ajuda essencial neste quadro patológico através deste tipo de atividade física.
Uma das hipóteses que explicam os efeitos anti depressivos pelo exercício é a liberação de monoaminas (compostos derivados da amonêa) esta diminuição de monoaminas, melhora as condições de um individuo com características de humor ruim, ansiedade, estresse, auto estima baixa de mal com a vida.
O tempo estimado para uma melhora destes sintomas pelo exercício aeróbio é bastante curto, vinte minutos após a atividade o estado emocional da pessoa já sofre alterações seja ela sedentária, semi-sedentaria ou obesa.
 Os estados de confusão mental, fadiga, raiva, tensão, são eliminados com este tipo de pratica,  melhorando bastante a qualidade de vida e de saúde da pessoa.
Reserve e agende, marque e comprometa-se consigo mesmo com  40 minutos diários  vivera mais e melhor.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pobres Jovens Brasileiros

Hoje vou sair do meu habitual tema, mas não posso me furtar o direito de me pronunciar como cidadão e como educador.
Fico muito infeliz, triste e decepcionado quando vejo o espaço que é dado ao infeliz que tirou do direito a vida de doze jovens brasileirinhos, tirou o sonho de pais e mães verem seus filhos crescerem com saúde e realizando seus planos e sonhos,  marcou também a vida de tantos outros que viveram os momentos de desespero e medo e a nós todos que a tudo assistimos não acreditando que fosse possível tal acontecimento.

A minha tristeza aumenta e chega a ser desesperança quando vejo o espaço que é dado em rede nacional a fotos, vídeos que relatam todas as razões e motivações do assassino, numa sociedade que cultua a celebridades instantâneas, que não tem nada a acrescentar aos nossos jovens, esta exposição na TV, propicia uma visão distorcida do que realmente deveria ser valorizado.

Os pais e educadores nadam contra a maré, tentando levar princípios e valores éticos e morais a seus filhos e alunos encontrando pela frente ondas com uma força de um tsuname.

Quero ver mais vezes a imagem e depoimentos de nossos heróis, podem pesquisar o espaço na mídia dado aos heróis deste fato, Sargento Marcio Alves. Se fizermos uma pequena pesquisa entre as pessoas a nossa volta vamos perceber que muito poucas pessoas sabem quem é este cidadão, mas se fizermos a pergunta sobre a pessoa que causou toda esta tragédia o resultado certamente será outro.

Nenhuma revista de grande circulação nacional publicou a foto na capa do herói ou de qualquer uma das crianças que foram mortas.

Precisamos reagir enquanto cidadão que quer uma sociedade onde o bom,  o correto, o saudável seja valorizado e premiado. As nossas crianças e nossos jovens merecem que os bons exemplos tenham também os seus “15 minutos de celebridade”.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Esporte como Ferramenta da Educação


Neste último fim de semana  trabalhei como Professor de Educação Física, atuando nos Jogos da Juventude, sob a égide do Comitê Olímpico Nacional da Itália no Brasil.
Este evento de uma grandiosidade impar aconteceu em Belo Horizonte, onde atletas meninos e meninas na faixa etária entre 12 e 13 anos representando São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina, competiram em natação, futebol, atletismo.

Foi um congraçamento importante tanto para os professores responsáveis pelas delegações na área técnica e administrativa como para as crianças oriundas dos diversos níveis da sociedade brasileira, onde o principal foi estabelecer que o principal no esporte é a formação na educação do jovem, sem estabelecer diferenças.
Tive o grande prazer de levar as delegações de São Paulo na modalidades já citadas.
Os  dirigentes e professores, todos imbuídos de uma participação com disciplina, ótimo relacionamento onde o principal não foi vencer e sim de uma participação esportiva sadia.
A delegação de São Paulo apresentou-se representando o estado de forma exemplar, dando exemplo de disciplina e de relacionamento. Independentes dos resultados representaram uma sociedade sem violência, com fair play, e sobretudo com o objetivo de  participar  de forma olímpica.
Quero parabenizar os professores de São Paulo Rita e Jamir do atletismo que tão bem desenvolveram suas atividades como técnicos, que muito bem  representaram a  Federação Paulista de Atletismo.
Marcante também foi a presença da delegação de natação  com crianças da cidade de Paraguaçu Paulista e de Santo André.
Não posso deixar de citar a delegação de futebol que representou o estado de São Paulo com jovens de Osasco do HR Sport Club, liderados pelo Prof. Hugo e muito bem administrados pela senhora Rose, os garotos tiveram de um comportamento impar.
Não devemos analisar resultados, pois a preocupação não é a especialização precoce mas sim de como o esporte torna-se uma ferramenta na criação de uma criança e um poderoso aliado ao desenvolvimento harmonioso da nossa sociedade.
Todas as crianças cerca de 800 que competiram  tiveram a oportunidade de aprender, de relacionar-se, social e esportivamente, enfim participar de um universo cujo o principal objetivo é fazer o esporte como ferramenta para uma boa educação.
O Brasil necessita urgentemente de atividades como esta, sem que nos preocupemos com performances ou a divulgação de dirigentes esportivos. 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Podemos vencer os africanos

Em qualquer prova pedestre aqui no Brasil,  temos a presença de inúmeros africanos, isto é uma constante que alias acho ótimo tecnicamente.
Eles despontam sempre como favoritos absolutos, nos 10km, na meia, na maratona na São Silvestre.
A maioria dos nossos treinadores fica sempre atenta e após as provas com um misto de decepção, frustração e até um que de duvida sobre sua competência como técnico. Quanto aos atletas sempre ouvimos as queixas e lamurias, dizendo que os africanos estão tirando a sua provável premiação.

O esguios negros da África são vistos e respeitados como insuperáveis, imbatíveis, biótipos de corredor, montanhas no treinamento, e por ai afora.
A verdade é uma só, somente uma e com muita imparcialidade escrevo e afirmo com a minha experiência de técnico de muitos fundistas, o atleta brasileiro com raríssimas exceções é voltado a disciplina a uma vida monástica,  usando um pouco de gíria, digo que nós não "pegamos na enxada" como fala o caboclo mineiro.
Os culpados são os próprios atletas e dos técnicos, de nossa forma de encarar o treinamento.
Muitos técnicos ficam preocupados em dar treinos duros, fortes, com receio de serem chamados "quebradores de atleta",  "sargentões".
Alem disso mos falta disciplina, que é algo fundamental para o sucesso em qualquer área, principalmente no atletismo.
Atletas disciplinados nos treinos, como foram Adauto, Zé João, Eloy, Parreira, e são como Marilson sempre obtiveram triunfos sobre africanos.
Desde muitos anos nos meus comentários e trabalhos sempre digo que o brasileiro é melhor que o africano, o  que nos falta insisto é disciplina, planejamento dedicação tanto do técnico como do atleta.
No dia em que os atletas brasileiros começarem a correr em equipe independentemente de clube ficaremos imbatíveis mas para isto deveremos ter planejamento acima de tudo, falar menos, se exibir menos e treinar mais para correr melhor.
Nossos técnicos e treinadores não devem ter receio de dar mais treinos, tentar chegar no limite da aptidão com planejamento e coragem, sem medo das criticas, desta forma poderemos vencer os africanos sem dúvida.

domingo, 3 de abril de 2011

Prêmio ou a Performance

Uma grande celeuma criada por técnicos de atletismo e atletas esta na participação de atletas estrangeiros, especialmente africanos em provas de rua.
Este assunto continua prolongado, já comentei o fato por varias vezes, inclusive fazendo um manifesto com o titulo " Na contra mão da inteligência", sobre o assunto.
Sou técnico de atletismo de longa data e não posso me furtar de voltar ao assunto.
Logicamente que o objetivo principal do atleta  de seu técnico do seu clube é vencer uma prova  como São Silvestre, Maratona de São Paulo ou as provas importantes que temos o cenário nacional.
Durante muitos anos competi com meus atletas em todos os lugares do mundo em provas como, Chicago, New York, Praga, Milão, São Paulo, Tampa, Bolder, Munique, Roma, competindo contra atletas das mais variadas partes do mundo, vencíamos perdíamos e nunca em nenhum pais nos foi negada a participação e jamais fomos criticados por sermos brasileiros embora muitas vezes favoritos.
Fomos figura de realce na Meia de Milão, a Stramilano, inclusive ganhando do campeão italiano Paneta, fizemos Maratona de Roma e perdemos para o Bordim mas fomos para o "podium".
Em uma das Meias de Milão competimos com cerca de 15 adversários etíopes, e australianos,  Balcha, Kedir, De Castela e nossa participação sempre foi respeitada.
Minha teoria é que você objetivando o resultado técnico deverá lutar com  adversários que possuem melhores condições que você, existe a possibilidade de  vencê-los ou então perdendo você poderá melhorar a sua performance.
Observo que alguns treinadores e também muitos atletas, revoltam-se pois acham que estão perdendo para africanos melhores que eles e perdem dinheiro, façam um investimento a longo prazo e tentem melhorar tecnicamente.
 Há muitos anos, o São Paulo F.C. meu ex clube, nos enviava para provas no exterior para lutarmos contra atletas campeões e possivelmente melhores que nossos atletas.
Desta forma nos preparávamos para vencer a São Silvestre, Maratonas do Rio e de São Paulo, Gonzaguinha e dezenas de outras provas e superar recordes.
Nossos atletas e treinadores devem encarar o desafio de enfrentar um estrangeiro como um vestibular e tentem vencê-los, eu consegui.
Não tenho e nunca tive a preocupação de saber se o Coquinho ou o Luiz estão se dando bem ou não, como managers,  devemos ter como principio a ética e respeitar o trabalho de um colega de profissão.
É a grande oportunidade que técnicos e atletas tem para mostrar as suas capacidades.
 Querer correr contra atletas de categoria inferior é assumir o grau de falta de competência técnica e atlética,  tanto do atleta como do técnico.
Cito como exemplos os brasileiros, Eloy, Zé João, Marilson, Franck, Baldaia, Marizete, João da Bota, Clodoaldo, Adauto, Diamantino, Marily, Ronaldo , que nunca tiveram receio de africanos e venceram muitos deles em provas importantes no Brasil e no exterior.